quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
No dia em que o calendário assinala mais um aniversário do ataque de Lampião a Mossoró, nunca é demais, recordar-se os lamentáveis acontecimentos, lembrando às gerações do presente, os dias tormentosos do cangaceirismo no passado.
Dizem que o Dr. Raul Fernandes, depois do sucesso alcançado com o lançamento de “A Marcha de Lampião”, partiu para uma outra caminhada no roteiro do cangaço: organizar um outro livro, baseado nas incursões de Antônio Silvino e seu bando, no nosso Estado, e assim o fez com o título de “Antônio Silvino no Rio Grande do Norte”.
Conforme se sabe, três chefes de bando armado, deixaram os seus nomes inscritos no livro do cangaço, e na mente das populações sertanejas, de maneira indelével, nesta região: Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino e o mais famoso de todos – Lampião.
Cada um, porém, com a sua história, contada ou escrita com as características próprias e diversificadas, na maneira de agir, ditadas pelo estado temperamental de cada um e pelas condições ecológicas do meio ambiente, na época em que viveram e atuaram.sim faço: dessado.
Jesuíno Brilhante, cronologicamente o primeiro, na nossa região, não foi um celerado qualquer, salteador e sangüinário como tantos. Não. Tinha os seus homens, o seu grupo, é certo; muito mais para se defender da polícia e dos seus numerosos inimigos, do que para a prática do assalto criminoso à propriedade alheia. Não roubava. Sensível ao sofrimento dos humildes, dos injustiçados e desprotegidos da própria sorte, se fez deles protetor. Dizem que assaltou comboios do governo em época de seca, distribuindo os gêneros com os flagelados. A sua história se acha contada pelo escritor conterrâneo Raimundo Nonato em “Jesuíno Brilhante – O Cangaceiro Romântico”.
Antônio Silvino – de quem nos ocuparemos demoradamente neste comentário, em alguns aspectos – e sem que pese a prática de alguns assaltos – tinha lá as suas maneiras de agir, muito semelhantes às de Jesuíno Brilhante. De modo geral, também não assaltava. Mandava um recado, ou, pacificamente se apresentava ele próprio ao chefe da localidade ou ao fazendeiro abastado, a quem fazia o seu pedido, dizia das suas necessidades e das suas pretensões. Uma vez atendido, desaparecia, sem a ninguém molestar.
“Antônio Silvino, pernambucano, usou o rifle dezoito anos. Atravessou o Rio Grande do Norte, pacificamente” – diz o Dr. Raul Fernandes no livro que escreveu sobre Lampião. Este, ao contrário dos dois, foi a expressão máxima do cangaceiro nordestino. Implantou o terror. Foi em síntese, o crime personificado, matando pelo prazer de matar; roubando, pelo prazer de roubar.
No ano de 1901, Antônio Silvino acossado pela polícia paraibana, penetrou no Rio Grande do Norte. Foi exatamente quando se deu o chamado “Fogo da Pedreira”, na fazenda desse nome, pertencente ao Cel. Janúncio Salustiano da Nóbrega, do município de Caicó. Olavo Medeiros Filho residente em Natal, sabe como tudo aconteceu.
Ainda em 1901, há notícia de que esteve em São João do Sabugí. Dizem que, com a sua chegada, com exceção da casa do Sr. Manoel Amâncio, todas as outras da pequena povoação, foram fechadas. Na casa de Amâncio, Silvino foi pacífica e amistosamente recebido. Uma coleta de duzentos mil réis feita pelo seu hospedeiro entre as pessoas mais abastadas da terra, foi o suficiente para que o bandoleiro abandonasse a localidade “internando-se ainda mais neste Estado” – dizia o noticiário da época.
No ano de 1912, esteve em Jucurutu e Augusto Severo, atual Campo Grande. Muito embora Mossoró não tivesse no seu roteiro de visitas, os seus habitantes ficaram em polvorosa: “Uma notícia alarmante correu célere pela cidade nos dias agitados de maio de 1912. Teria sido visto no Alto da Conceição um presumível comparsa de Antônio Silvino” – é o que nos conta Lauro da Escóssia no seu livro de memórias, dizendo mais que “o comércio fechou as portas, o povo se aglomerou, enquanto as autoridades de imediato tomaram as providências cabíveis organizando a defesa da cidade. Mais tarde, tudo estaria esclarecido: Um comerciante da praça reconhecera no suposto ‘perigoso cangaceiro’, um seu freguês, também comerciante em Alexandria, que, quase pagava com a vida as canseiras da viagem” – conclui Lauro.
Vem dessa época, o fato que motivou esse relato.
Na sua visita a Augusto Severo – por sinal bem sucedida – Antônio Silvino deixou um recado para o povo de Caraúbas, dizendo que em breve iria até ali, com o mesmo propósito. O recado foi transmitido pelo Padre Pinto, então vigário de Augusto Severo, ao Bel. Alfredo Celso de Oliveira Fagundes, que ali se encontrava em trânsito.
O Dr. Alfredo, recém-investido no cargo de Juiz Distrital de Caraúbas, cioso dos seus deveres de guardião da lei, não viu com bons olhos a descabida e pretensiosa atitude do bandoleiro e ao chegar a sua terra, onde também já havia chegado o “ultimatum” de Silvino, encontrou o chefe local e demais autoridades sobressaltados e desalentados ante a perspectiva da indesejável visita.
Foi quando o juiz tomou a arrojada decisão: assumiu a responsabilidade da defesa do lugar e mandou dizer ao bandoleiro que, “podia vir, mas que seria recebido à bala” – aquela mesma resposta que Rodolfo Fernandes daria mais tarde a Lampião.
É claro que Antônio Silvino não gostou da resposta e mandou-lhe o troco com esta terrível ameaça:
“Pois diga a esse dotôzinho, que breve irei lá. Vô rasgá a sua carta de dotô, queimar a sua casa, esquartejá-lo e depois dinpindurá os seus restos nos postes dos lampiões da luz...”.
Imediatamente a população foi mobilizada. Alberto Maranhão no Governo do Estado, cientificado, mandou “um cunhete de balas (1.000 cartuchos)”. As lideranças locais e fazendeiros convocados atenderam ao chamamento do juiz e de repente 40 rifles estavam a sua disposição. Vários dias a então vila de Caraúbas esteve em pé de guerra na expectativa do ataque iminente, mas Antônio Silvino não apareceu para “rasgá a carta do dotô...”.
De tudo ficou o fato e a foto documentando para a História um acontecimento, fruto de uma época de atraso que já se vai encobrindo na curva do tempo...
Grupo de defensores de Caraúbas ao ataque de Antônio Silvino:
Francisco de Souza, Nilo de Góis, Francisco Amâncio, Elizeu Noronha, Francisco Brasilino, João Cisneiros de Góis, Firmino Gurgel, Osório Pinto, Abel Fernandes, Pedro Oliveira, Manoel Rosa, Mariano Soares, João Neiva, Samuel Mário, Nestor Fernandes, Vital Fernandes, Bento Sobrinho, Bertoldo Soares, Josué de Oliveira, Valério de Freitas, João Câmara, Manoel Darico, Elísio Fernandes, Pedro Fernandes, Joaquim Amâncio, Deodoro Gurgel, Lino Ademar, Manoel Teopompo Fernandes, Jacob Gurgel, Luiz de Oliveira, Joaquim Gurgel, Nestor de Oliveira, Dr. Alfredo Celso, Cícero Fernandes, Raimundo Costa, Manoel Arruda, José Dantas e Matias Fernandes.
Fonte: http://sbec-mossoro.blogspot.com/2008/07/antonio-silvino-no-rio-grande-do-norte.html
Dizem que o Dr. Raul Fernandes, depois do sucesso alcançado com o lançamento de “A Marcha de Lampião”, partiu para uma outra caminhada no roteiro do cangaço: organizar um outro livro, baseado nas incursões de Antônio Silvino e seu bando, no nosso Estado, e assim o fez com o título de “Antônio Silvino no Rio Grande do Norte”.
Conforme se sabe, três chefes de bando armado, deixaram os seus nomes inscritos no livro do cangaço, e na mente das populações sertanejas, de maneira indelével, nesta região: Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino e o mais famoso de todos – Lampião.
Cada um, porém, com a sua história, contada ou escrita com as características próprias e diversificadas, na maneira de agir, ditadas pelo estado temperamental de cada um e pelas condições ecológicas do meio ambiente, na época em que viveram e atuaram.sim faço: dessado.
Jesuíno Brilhante, cronologicamente o primeiro, na nossa região, não foi um celerado qualquer, salteador e sangüinário como tantos. Não. Tinha os seus homens, o seu grupo, é certo; muito mais para se defender da polícia e dos seus numerosos inimigos, do que para a prática do assalto criminoso à propriedade alheia. Não roubava. Sensível ao sofrimento dos humildes, dos injustiçados e desprotegidos da própria sorte, se fez deles protetor. Dizem que assaltou comboios do governo em época de seca, distribuindo os gêneros com os flagelados. A sua história se acha contada pelo escritor conterrâneo Raimundo Nonato em “Jesuíno Brilhante – O Cangaceiro Romântico”.
Antônio Silvino – de quem nos ocuparemos demoradamente neste comentário, em alguns aspectos – e sem que pese a prática de alguns assaltos – tinha lá as suas maneiras de agir, muito semelhantes às de Jesuíno Brilhante. De modo geral, também não assaltava. Mandava um recado, ou, pacificamente se apresentava ele próprio ao chefe da localidade ou ao fazendeiro abastado, a quem fazia o seu pedido, dizia das suas necessidades e das suas pretensões. Uma vez atendido, desaparecia, sem a ninguém molestar.
“Antônio Silvino, pernambucano, usou o rifle dezoito anos. Atravessou o Rio Grande do Norte, pacificamente” – diz o Dr. Raul Fernandes no livro que escreveu sobre Lampião. Este, ao contrário dos dois, foi a expressão máxima do cangaceiro nordestino. Implantou o terror. Foi em síntese, o crime personificado, matando pelo prazer de matar; roubando, pelo prazer de roubar.
No ano de 1901, Antônio Silvino acossado pela polícia paraibana, penetrou no Rio Grande do Norte. Foi exatamente quando se deu o chamado “Fogo da Pedreira”, na fazenda desse nome, pertencente ao Cel. Janúncio Salustiano da Nóbrega, do município de Caicó. Olavo Medeiros Filho residente em Natal, sabe como tudo aconteceu.
Ainda em 1901, há notícia de que esteve em São João do Sabugí. Dizem que, com a sua chegada, com exceção da casa do Sr. Manoel Amâncio, todas as outras da pequena povoação, foram fechadas. Na casa de Amâncio, Silvino foi pacífica e amistosamente recebido. Uma coleta de duzentos mil réis feita pelo seu hospedeiro entre as pessoas mais abastadas da terra, foi o suficiente para que o bandoleiro abandonasse a localidade “internando-se ainda mais neste Estado” – dizia o noticiário da época.
No ano de 1912, esteve em Jucurutu e Augusto Severo, atual Campo Grande. Muito embora Mossoró não tivesse no seu roteiro de visitas, os seus habitantes ficaram em polvorosa: “Uma notícia alarmante correu célere pela cidade nos dias agitados de maio de 1912. Teria sido visto no Alto da Conceição um presumível comparsa de Antônio Silvino” – é o que nos conta Lauro da Escóssia no seu livro de memórias, dizendo mais que “o comércio fechou as portas, o povo se aglomerou, enquanto as autoridades de imediato tomaram as providências cabíveis organizando a defesa da cidade. Mais tarde, tudo estaria esclarecido: Um comerciante da praça reconhecera no suposto ‘perigoso cangaceiro’, um seu freguês, também comerciante em Alexandria, que, quase pagava com a vida as canseiras da viagem” – conclui Lauro.
Vem dessa época, o fato que motivou esse relato.
Na sua visita a Augusto Severo – por sinal bem sucedida – Antônio Silvino deixou um recado para o povo de Caraúbas, dizendo que em breve iria até ali, com o mesmo propósito. O recado foi transmitido pelo Padre Pinto, então vigário de Augusto Severo, ao Bel. Alfredo Celso de Oliveira Fagundes, que ali se encontrava em trânsito.
O Dr. Alfredo, recém-investido no cargo de Juiz Distrital de Caraúbas, cioso dos seus deveres de guardião da lei, não viu com bons olhos a descabida e pretensiosa atitude do bandoleiro e ao chegar a sua terra, onde também já havia chegado o “ultimatum” de Silvino, encontrou o chefe local e demais autoridades sobressaltados e desalentados ante a perspectiva da indesejável visita.
Foi quando o juiz tomou a arrojada decisão: assumiu a responsabilidade da defesa do lugar e mandou dizer ao bandoleiro que, “podia vir, mas que seria recebido à bala” – aquela mesma resposta que Rodolfo Fernandes daria mais tarde a Lampião.
É claro que Antônio Silvino não gostou da resposta e mandou-lhe o troco com esta terrível ameaça:
“Pois diga a esse dotôzinho, que breve irei lá. Vô rasgá a sua carta de dotô, queimar a sua casa, esquartejá-lo e depois dinpindurá os seus restos nos postes dos lampiões da luz...”.
Imediatamente a população foi mobilizada. Alberto Maranhão no Governo do Estado, cientificado, mandou “um cunhete de balas (1.000 cartuchos)”. As lideranças locais e fazendeiros convocados atenderam ao chamamento do juiz e de repente 40 rifles estavam a sua disposição. Vários dias a então vila de Caraúbas esteve em pé de guerra na expectativa do ataque iminente, mas Antônio Silvino não apareceu para “rasgá a carta do dotô...”.
De tudo ficou o fato e a foto documentando para a História um acontecimento, fruto de uma época de atraso que já se vai encobrindo na curva do tempo...
Grupo de defensores de Caraúbas ao ataque de Antônio Silvino:
Francisco de Souza, Nilo de Góis, Francisco Amâncio, Elizeu Noronha, Francisco Brasilino, João Cisneiros de Góis, Firmino Gurgel, Osório Pinto, Abel Fernandes, Pedro Oliveira, Manoel Rosa, Mariano Soares, João Neiva, Samuel Mário, Nestor Fernandes, Vital Fernandes, Bento Sobrinho, Bertoldo Soares, Josué de Oliveira, Valério de Freitas, João Câmara, Manoel Darico, Elísio Fernandes, Pedro Fernandes, Joaquim Amâncio, Deodoro Gurgel, Lino Ademar, Manoel Teopompo Fernandes, Jacob Gurgel, Luiz de Oliveira, Joaquim Gurgel, Nestor de Oliveira, Dr. Alfredo Celso, Cícero Fernandes, Raimundo Costa, Manoel Arruda, José Dantas e Matias Fernandes.
Fonte: http://sbec-mossoro.blogspot.com/2008/07/antonio-silvino-no-rio-grande-do-norte.html
sábado, 13 de novembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
o sonho
Um dia com o amor eu ousei sonhar
E da dor alheia eu o vi brotar
Tinha a cor dos sonhos
Que ousei sonhar
Mas o deslumbramento
E o encantamento
Que fui encontrar
Tinha uma beleza que na natureza
Não pude encontrar
Nem na luz do sol
Nem no azul do mar
O brilha da lua só o fez
Brilha, como a refletir
Bem no teu olhar
E amei teus olhos
E beijei teus pés
Erras tão suave
Que temi tocar
O medo me fez
Apenas olha
Nunca pretendi a ti despertar
Por que para mim basta te amar
E nas madrugadas
Contigo sonhar
Poder em teus braços
A cada manhã poder despertar
Mesmo que não saibas
Pela eternidade irei te amar
Por que nesta vida nasci pra sonhar
E meu sonho, mas lindo
E poder te amar....
Mariliagil
Um dia com o amor eu ousei sonhar
E da dor alheia eu o vi brotar
Tinha a cor dos sonhos
Que ousei sonhar
Mas o deslumbramento
E o encantamento
Que fui encontrar
Tinha uma beleza que na natureza
Não pude encontrar
Nem na luz do sol
Nem no azul do mar
O brilha da lua só o fez
Brilha, como a refletir
Bem no teu olhar
E amei teus olhos
E beijei teus pés
Erras tão suave
Que temi tocar
O medo me fez
Apenas olha
Nunca pretendi a ti despertar
Por que para mim basta te amar
E nas madrugadas
Contigo sonhar
Poder em teus braços
A cada manhã poder despertar
Mesmo que não saibas
Pela eternidade irei te amar
Por que nesta vida nasci pra sonhar
E meu sonho, mas lindo
E poder te amar....
Mariliagil
A loira
A loira
A loira da minha rua
Todo dia vem passar
Em frente a minha janela
Minha vida atanazar
A Maria já não agüenta
Ver-me a loira olhar
Mas ela e tão bonita
Que vale a pana apanhar
Tem um gingado no quadril
Um rebolado no andar
Uma bunda tão perfeita
Que fico babando a olhar
A loira da minha rua
quando estar a andar
o cabelo que alumia
o sol faz ali brilhar
A loira quando me olha
Faz meu corpo estremecer
Minhas pernas ficam bambas
Minhas mãos Poe-se a tremer
Mas a loira faz de danada
Da pra mim uma piscada
Que faz algo acontecer
A loira quando sentada
Fica a coxa a mostrar
Eu tento de toda forma
Para ela não olhar
Os olhos não me obedecem
Fico de longe a olhar
E ela só de safada
Da mais uma levantada
Para a calcinha mostrar
A Maria outro dia
O cabelo foi pintar
Começou usar chanel
E a loira imitar
Fala ela que pra ver
Se eu deixo de babar
Pelo o loiro do cabelo
Que a loira ta a usar
Não dei bola a Maria
Deixei a coisa pra lá
E a Maria continuou
A essa loira imitar
As barras do seu vertido
Começou a encurta
E quando tomei cuitado
Chifre estava a levar
Hoje a loira e Maria
São amigas de profissão
Estão todas duas lindas
Ate montaram um salão
Estão vivendo suas vidas
E o besta ficou na mão
Que isso sirva de exemplo
Pra quem não presta atenção
Tem uma mulher em casa
Seu passarinho na mão
Fica olhando o do outro
Termina na solidão
E a loira da minha rua
Já nem me dá atenção
Juntamente com Maria
Viraram foi sapatão
E eu com cara de otário
Fiquei foi na solidão
E as duas só de gaiata
Inda provoca o negão.
Mariliagil
A loira da minha rua
Todo dia vem passar
Em frente a minha janela
Minha vida atanazar
A Maria já não agüenta
Ver-me a loira olhar
Mas ela e tão bonita
Que vale a pana apanhar
Tem um gingado no quadril
Um rebolado no andar
Uma bunda tão perfeita
Que fico babando a olhar
A loira da minha rua
quando estar a andar
o cabelo que alumia
o sol faz ali brilhar
A loira quando me olha
Faz meu corpo estremecer
Minhas pernas ficam bambas
Minhas mãos Poe-se a tremer
Mas a loira faz de danada
Da pra mim uma piscada
Que faz algo acontecer
A loira quando sentada
Fica a coxa a mostrar
Eu tento de toda forma
Para ela não olhar
Os olhos não me obedecem
Fico de longe a olhar
E ela só de safada
Da mais uma levantada
Para a calcinha mostrar
A Maria outro dia
O cabelo foi pintar
Começou usar chanel
E a loira imitar
Fala ela que pra ver
Se eu deixo de babar
Pelo o loiro do cabelo
Que a loira ta a usar
Não dei bola a Maria
Deixei a coisa pra lá
E a Maria continuou
A essa loira imitar
As barras do seu vertido
Começou a encurta
E quando tomei cuitado
Chifre estava a levar
Hoje a loira e Maria
São amigas de profissão
Estão todas duas lindas
Ate montaram um salão
Estão vivendo suas vidas
E o besta ficou na mão
Que isso sirva de exemplo
Pra quem não presta atenção
Tem uma mulher em casa
Seu passarinho na mão
Fica olhando o do outro
Termina na solidão
E a loira da minha rua
Já nem me dá atenção
Juntamente com Maria
Viraram foi sapatão
E eu com cara de otário
Fiquei foi na solidão
E as duas só de gaiata
Inda provoca o negão.
Mariliagil
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