quinta-feira, 22 de setembro de 2011

MINHA CIDADE
Entre serras es formada
Por que sois abençoadas
Terra onde fiz morada
Minha terra minha amada

No sertão de solo seco
Num vale sois incrustados
Onde o vento faz a curva
E o sol sua escalada

O rio que corre manso
Suas águas a levar
Deságuas em cachoeiras
No seu caminho pro mar

No alvorecer do dia
Da de ouvir a passarada
O canto do bem te vi
E o galo da madrugada


No curral relincha o burro
Do cachorro a latumia
Que esta chegando gente
Ele e quem anuncia


O leite que vem da vaca
No curral se vai buscar
O cus cuz cheira no fogo
Para a fome saciar


Sela o cavalo e no mato
O gado vai campear
Traz a vaquinha mimosa
Não esquece o boi fubá

No touro capinadeira
E a terra se vai arar
Enquanto a molecada
Pra escola a caminhar



O quadro ainda e de giz
A faca apontador
A carteira e um banco
Mais tem um bom professor

Ainda não e formado
Mais esta a estudar
La pras bandas da cidade
Uma vem por mês que vai lá




Já ensinou muita coisa
Inclusive a brincar
Pula pula amarelinha
Pular corda e cirandar

Daí o dia acaba
A escuridão chegou
No alpendre da casinha
Na rede papai deitou


Fico embaixo da rede
As historias a escutar
Lendas e Contos de fadas
Ou causos do meu lugar

Daí cala-se o gado
O gato Poe-se a miar
O cachorro vai dormir
Não se escuta o sabia



E hora de ir pra rede
Cuidado pra não mijar
Por que se molhar a rede
Bicho papão vai pegar

O sono já vem chegando
Mais não se quer ir deitar
Enquanto papai mamãe
Não vem nos abençoar


E ela vem de mansinho
A minha testa beijar
Deus te abençoe meu filho
O papai já foi deitar

Da rede mesmo eu grito
Bença pai tem que botar
Deus te abençoe menino
Agora vou descansar


Assim termina o dia
Que comecei a contar
E na cidade pequena
Pouca coisa há de mudar.

FIM

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