terça-feira, 20 de novembro de 2012


                                               

ESCOLA MUNICIPAL JOSE MARIA  DO NASCIMENTO
BODO RN
PROFESSORA MARIA GILVANETE DE OLIVEIRA


                                                PROJETO A VEZ DA VOZ

OBJETIVO
Trabalhar com o aluno cego as mídias disponíveis na escola oportunizando-os ouvir historias contadas e adaptadas para eles. Desta forma estaremos dando voz a quem não ver.

JUSTIFICATIVA
Este projeto nasce da necessidade de ampliar horizontes dos nossos alunos cegos,   por entender que a audiodescrição, é um recurso  de acessibilidade que permite a pessoa com deficiência visual possa assistir e entender melhor, ouvindo o que pode ser visto, pois e através desse recurso que transforma-se aquilo que pode ser visto  por aquilo que pode ser ouvido, que possibilita o melhor entendimento da pessoa com deficiência visual, dessa forma ouvindo e usando seu imaginário   e sua voz ara contar e recontar o que ouviu.   ''Sabemos que a comunicação é um dos principais fatores no processo de inclusão do ser humano e significa participação, convivência e socialização.''

METODOLOGIA
Ouvir histórias narradas  dos CD,  com formato acessível  disponíveis na escola,e recontar  as historias  com suas palavras e do ponto de seu entendimento.

MATERIAL
CD com historias próprias para a idade dos alunos
Computador ou aparelho reprodutor de áudio,DV ou outro

AVALIAÇÃO
Será feita pelo professor através de relatório.

domingo, 18 de novembro de 2012


Contra mão

Tem nada não
Os anos passam
E os dias se vão
O sonho vivido
Vira ilusão
Mais a vida continua
Sem  ir na contramão
E o amor vira sonho
Ou desilusão
A paixão  em cinzas
O desejo some
Igual bola de sabão
Águas se dividem
E vão desaguar
Num ponto adiante
Mais ambas no mar
Marília Gil

quarta-feira, 14 de novembro de 2012


ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL JOSE MARIA DO NASCIMENTO
RUA:CENTRAL,272-CENTRO-CEP:59528-000







PROJETO PEDAGÓGICO; CONSTRUINDO VALORES NA ESCOLA
E NA SOCIEDADE









Bodó/2012





INTRODUÇÃO
Não é silêncio que os homens se fazem,
Mais nas palavras, no trabalho na ação-reflexão.
( Paulo freire)


                 Não existe sucesso ou felicidade sem o exercício pleno da cidadania e da ética global. (CARLOS Sabbi) com base nas experiências vividas na escola e com olhos atentos aos sinais dos tempos atuais, em que muitas vezes nos perguntamos, porque o ser humano a cada dia está mais violento e agressivo, geando a indisciplina o desemprego ou falta de um trabalho por todas as partes? É que a escola vem buscando alternativas para a solução dos problemas e tentando entender as procedências. Partindo desse pressuposto a escola desenvolverá diariamente o projeto Construindo Valores na Escola e na Sociedade com o intuito de desenvolver o espírito, objetivando a redução da violência, da indisciplina, da intolerância e a valorização da vivencia em grupo e do meio ambiente. Realizando reuniões com as famílias (Rodas de conversas) com a participação de entidades que colaboram com a efetivação das políticas publicas que garantem os direitos dos cidadãos: Conselhos tutelar funcionários da saúde, religiosos, professores pais, alunos e pessoas da comunidade. O projeto objetiva integrar pais, Alunos e comunidade, com o intuito de construir regras de convivência baseadas no principio da ética, convivência, democrática, incluindo social e respeito aos direitos humanos  e as  diferenças.com este projeto pretende  se trabalhar a preservação da qualidade de vida, do incentivo a replantar árvores frutíferas. Plantas ornamentais, a reutilizar objetos valorizando o nosso meio ambiente. Observando que nos dias atuais a escola é uma das instituições responsável para incentivar no ambientes escolares ações que visem uma sustentabilidade nas aulas de educação artísticas ou em atividades extras.

OBJETIVO GERAL
Proporcionar ao aluno condições para que ele se conscientize da necessidade de respeito entre todas através do reconhecimento, da aplicação dos direitos e deveres de cada um,formando valores éticos e morais para o exercício de sua cidadania e cumprindo, assim com o maior papal da escola, favorecendo uma aprendizagem significativa na formação de seres humanos mais coincidentemente  participativa e responsável no convívio social.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS;
.Desenvolver a autonomia e o respeito.
.Formar consciência dos valores éticos e morais.
.Reconhece que a paz é uma conquista diária por meio de nossasações.
.Respeitar as diferenças.
.Promover encontros para troca de experiências e idéias  entre os professores.
.Possibilitar uma maior comunicação entre a escola, a família e a comunidade escolar como um todo.
.Resgatar atitudes de cooperação, participação responsabilidade, tolerância, sensibilidade e comprometimento na escola para toda a vida.
.Diminuir a indisciplina na escola e na família.
.Divulgar a existência de um Deus vivo e a sua importância para os seres humanos.
.Promover ação que resgate a ética e a cidadania.
. Resgatar ações que valorize o aluno para perceber a sua importância e a sua contribuição no contexto social.
.conserva o meio ambiente.
Valorizar o meio em que vivem envolvendo os alunos em ação de reciclagem de objeto .
.Abordar temas relacionados a igualdades fraternidade e solidariedade.
.despertar para a solidariedade e o amor ao próximo.
METODOLOGIA
.Apresentação de filme e palestra relacionados aos temas abordados.
Atividade com um ovo
.Apresentação de seminários.
.Debates em sala de aula.
.Trabalho cartazes.
.Trabalhos com músicas.
.jogos e brincadeira.
.Recortes e estudo de reportagens.
.Passeio cm os pai e alunos
.Exploração de figuras.
.palestras e entrevistas (policiais médicos e outros profissionais).
.Dinâmica e vivencias.
.Exploração de situações atuais e do dia-a-dia, relatórios.
.Peças teatrais.
.Oficinas

AVALIAÇÃO
Por considerar a avaliação como um processo continuo ,ela acontece através da verificação do desenvolvimento das atividades e das ações propostas para saber se estão ou não contribuindo para a mudança de atitudes de vivências e comportamentos indisciplinares do alunado.
PERÍODO DE EXECUÇÃO
Outubro á dezembro/2012
CULMINÂNCIA
Em dezembro com apresentação de trabalhos desenvolvidos e participação de todos,alunos, pais e toda comunidade escolar.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, parâmetros curriculares nacionais. Ministério da educação e do Desporto/secretaria de educação fundamental. 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários para a prática educativos são-Paulo: paz e terra,1999.
REVISTA: construir noticia.  Ano 04. Setembro/Outubro 2005.
REVISTA: mundo jovem: educação para a paz. Março/2000.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Charles Chaplin

‘’A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.
Por isso, cante, chore, dance,
Ria e viva intensamente,
Antes que a cortina se feche
E a peça termine sem aplausos. ’’
Charles Chaplin

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ESCOLA MUNICIPAL JOSE MARIA DO NASCIMENTO
BODO RN
SALAS MULTIFUNCIONAIS
PROFESSORA AEE; MARIA GILVANETE DE OLIVEIRA SANTOS

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL


PROPOSTA HISTÓRICA

No final do ano letivo de 2009 houve o fechamento das "Classes Especiais" e a "classificação", e "inclusão" dos alunos nas salas de aula "Regulares", em detrimento a "nova" Política de Educação Inclusiva. Para corroborar com as ações desta nova política de educação inclusiva foram criadas as Salas de Recursos Multifuncional (tipo I e tipo II) com o propósito de contribuir, mediar o processo de inclusão dos alunos no ensino regular, fornecendo, no contra turno escolar, Atendimento Educacional Especializado, conforme "legislação" postada no site de referência deste texto.

Concomitante a implantação das Salas de Recursos Multifuncionais no Brasil,que faz o trabalho do AEE na escola, ocorre a formação para os professores responsáveis por estas salas. O Conselho Municipal de Educação de Toledo PR aderiu ao processo de inclusão fomentada pela Nova Política de Educação Espacial, sob o projeto de abrir 5 salas de SRM em 5 escolas do município para 2010 e em 2011 tem o projeto de abrir mais algumas salas. Em 2010 o Conselho Escolar da Escola Municipal Anita Garibaldi aceitou o desafio de ser uma das primeiras Salas de Recursos a estar em Funcionamento, atendendendo o público alvo do proposta e acompanhanhando os alunos das extinta Classe Especial da escola.

O site que recomendamos no final deste texto tem por propósito, instrumentalizar os professores de modo geral no contato, presencial, pedagógico com os alunos, público alvo da inclusão social-escolar. Tanto este site do AEE da Escola Municipal Anita Garibaldi, como o site que informamos abaixo foram criados pela então responsável pela Sala de Recursos Multifuncional ANA PAULA SANTI.

Salientamos que alguns textos são de base ideológica idealistas, técnicas, e psicologicamente pertencem a bases filosóficas clínicas e alguns até comportamentais. Contudo, poderão auxiliar o professor no entendimento das deficiências, TGDs ou ainda quanto as altas habilidades PRIMÁRIA dos seus alunos. Entendemos que A INTERVENÇÃO DO AEE deve ser pedagógica que deva servir a eliminação das deficiências SECUNDÁRIAS dos alunos.



Atendimento Educacional Especializado / Psicopedagogia/ NEPE/ Classes Especiais / Sala de Recursos Multifuncionais e Sala de Recursos Comuns


Este texto tem por objetivo apresentar a sistematização dos estudos sobre os textos da Disciplina de Atendimento Educacional Especializado do Curso de Formação Latu Sensu. Os textos são: Política Nacional de
Educação Especial e da Resolução CNE/CEB n. 04/2009 sobre o espaço de realização do AEE. Também pretende fazer uma distinção simples sobre os Serviços oferecidos pelas Salas de Recursos Multifuncionais e Salas de Recursos ditas “comuns” e ainda pelo serviço ainda existente no Sistema Municipal de Educação de Toledo PR, “Classes Especiais”. Aproveitaremos o espaço de discussão para fazer uma provocação em relação a uma situação vivenciada no Município de Toledo atualmente em meio ao cenário da Nova Política Nacional de Educação Especial.

Uma das inovações trazidas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) é o Atendimento Educacional Especializado – AEE, um serviço da educação especial que "[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas" (SEESP/MEC, 2008).

O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. É realizado, de preferência, nas escolas comuns, em um espaço físico denominado Sala de Recursos Multifuncional. Portanto, é parte integrante do projeto político pedagógico da escola e Esta atrelada a inclusão dos alunos “público alvo” no Ensino Regular.
São conteúdos do AEE: Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e LIBRAS tátil; Alfabeto digital; Tadoma; Língua Portuguesa na modalidade escrita; Sistema Braille; Orientação e mobilidade; Informática acessível; Sorobã (ábaco); Estimulação visual; Comunicação alternativa e aumentativa – CAA; Desenvolvimento de processos educativos que favoreçam a atividade cognitiva.
São recursos do AEE: Materiais didáticos e pedagógicos acessíveis (livros, desenhos, mapas, gráficos e jogos táteis, em LIBRAS, em Braille, em caracter ampliado, com contraste visual, imagéticos, digitais, entre outros); Tecnologias de informação e de comunicação (TICS) acessíveis (mouses e acionadores, teclados com colméias, sintetizadores de voz, linha Braille, entre outros); e Recursos ópticos; pranchas de CAA, engrossadores de lápis, ponteira de cabeça, plano inclinado, tesouras acessíveis, quadro magnético com letras imantadas, entre outros.
O desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem é favorecido pela participação da família dos alunos. Para elaborar e realizar os Planos de AEE, o professor necessita dessa parceria em todos os momentos. Reuniões, visitas e entrevistas fazem parte das etapas pelas quais os professores de AEE estabelecem contatos com as famílias de seus alunos, colhendo informações, repassando outras e estabelecendo laços de cooperação e de compromissos.
Do Financiamento - O Decreto Nº. 6.571, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado, destina recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB ao AEE de alunos público alvo, matriculados na rede pública de ensino regular, admitindo o cômputo duplo da matrícula desses alunos em classes comuns de ensino regular público e no AEE, concomitantemente, conforme registro no Censo Escolar.

Em Toledo as Salas de Classes Especiais (de 1987 a 2004, foram implantadas 14 em onze escolas) regulamentadas pelo Conselho Estadual de Educação através da Deliberação 020/86. Entendia-se, neste período, a Educação Especial como a definição de um grupo de sujeitos que, por inúmeras razões, não correspondia a expectativa de normalidade ditada pelos padrões sociais vigentes. Estas salas estão sendo substituídas pelas Salas de Recursos Multifuncionais desde 2010.

Diferentemente das Classes Especiais, as Salas de Recursos Multifuncionais não tem o caráter substitutivo do Ensino Regular, pelo contrário para haver a matricula na SEM é indispensável que a família apresente a matrícula do aluno das Classes do Ensino Regular. A SRM tem o caráter complementar e suplementar de acessibilidade dos seus alunos ao conhecimento contribuindo para a eliminação de barreiras objetivas (do espaço físico e ainda de materiais e métodos necessário ao acesso ao conhecimento, também em relação às barreiras de acessibilidade social (subjetivas)).

Também no Sistema Municipal de Educação de Toledo existem as Salas de Recursos Comuns que oferecem atendimentos diferenciados entre si, mas que tem como incumbência atender crianças com distúrbios de aprendizagem, favorecendo e oportunizando a superação das dificuldades e a potencialização da aprendizagem.

Uma situação incomum no Brasil acontece no estado do Paraná com a autorização de funcionamento da APAE de Toledo PR, em março de 2010 pelo Conselho Estadual de Educação do PR. Não sei inda como esta instituição se inclui no cenário da Nova Política Nacional ou local de Educação Especial. Mas confesso que tenho muitas dúvidas, entre elas: A PAE será substitutiva do Ensino Regular? Assim como a APADA (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos), em funcionamento no município, é em relação aos alunos acometidos de Deficiência Auditiva? Em que medida ou Situação? Qual é o público alvo? Oferecerá o AEE também?




É importante frisarmos que esse o AEE pode ser oferecido em Centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou privada, sem fins lucrativos. Tais centros, contudo, devem estar de acordo com as orientações da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) e com as Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica (MEC/SEESP, 2009).

Ema situação incomum no Brasil acontece no estado do Paraná com a autorização de funcionamento da APAE de Toledo PR, em março de 2010 pelo Conselho Estadual de Educação do PR. Não sei inda como esta instituição se inclui no cenário da Nova Política Nacional ou local de Educação Especial. Mas confesso que tenho muitas dúvidas, entre elas: A PAE será substitutiva do Ensino Regular? Assim como a APADA (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos) é em relação aos alunos acometidos de Deficiência Auditiva? Em que medida ou Situação? Qual é o público alvo? Oferecerá o AEE também?


O NEPE

Em Toledo (PR) o Sistema Municipal conta com a recente criação do NEPE Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação (2009), vinculado à Secretaria Municipal de Educação (SMED). Integrado ao NEPES há o Centro de Atendimento Multiprofissional à Criança, na perspectiva de atender as especificidades da criança nas áreas social, fonoaudiológica e psicológica (1 profissional de Fonoaudiologia, 2 profissionais de Serviço Social, 1 profissional de Psicologia, 2 profissionais de Psicopedagogia).

São Objetivos específicos do NEPES:

1.Favorecer a compreensão do conceito de deficiência e o de necessidades educacionais especiais;
2.Criar mecanismos alternativos de participação da comunidade escolar e família no processo educacional;
3.Implementar o aporte teórico-prático que sustenta o fazer pedagógico;
4.Demonstrar a viabilidade da inclusão através da escola de aplicação que atende aos novos paradigmas educacionais;
5.Estimular alternativas pedagógicas que facilitem a intervenção do professor e promovam o desenvolvimento das potencialidades de cada aluno, independentemente de sua condição.
6.Promover o fortalecimento da formação teórico prática dos profissionais das salas multifuncionais;
7.Realizar atendimento psicopedagógico, regularmente, com grupos de crianças no intuito de produzir conhecimentos que instrumentalizem a equipe escolar para uma ação mais eficiente;
8.Promover o envolvimento de profissionais de diferentes áreas de conhecimento para a compreensão das especificidades e necessidades educacionais;
9.Estimular, apoiar e sustentar a criação de metodologias que estejam em consonância com os novos paradigmas educacionais;
10.Acompanhar a efetividade das ações da escola;
11.Redimensionar os objetivos e metodologias da avaliação psicoeducacional.
Pscicopedagogia

A profissão, ainda não regulamentada pelo Conselho Municipal de Educação de Toledo PR, mas já existe nas escolas do município, uma média de, pelo menos, um profissional da área por escola.

O profissional é responsável por avaliação dos alunos sob o ponto de vista pedagógico quando o professor de sala de aula regular encaminha, baseado numa queixa ou em uma observação de talento "extraordinário" do aluno. O profissional investiga o aluno e solicita outras avaliações da área clínica para colaborarem com sua avaliação e a partir do parecer do profissional o encaminhamento que julga mais adequado para atender as necessidades específicas apresentadas no parecer.




Salas de Recursos Multifuncionais

As Salas de Recursos Multifuncionais são espaços localizados nas escolas de educação básica, onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado – AEE. Essas salas são organizadas com mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos específicos para o atendimento aos alunos público alvo da educação especial, em turno contrário à escolarização.

O Ministério da Educação, com o objetivo de apoiar as redes públicas de ensino na organização e na oferta do AEE e contribuir com o fortalecimento do processo de inclusão educacional nas classes comuns de ensino, instituiu o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, por meio da Portaria Nº. 13, de 24 de abril de 2007.

Nesse processo, o Programa atende a demanda das escolas públicas que possuem matrículas de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou superdotados/altas habilidades, disponibilizando as salas de recursos multifuncionais, Tipo I e Tipo II. Para tanto, é necessário que o gestor do município, do estado ou do Distrito Federal garanta professor para o AEE, bem como o espaço para a sua implantação.

As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo I são constituídas de microcomputadores, monitores, fones de ouvido e microfones, scanner, impressora laser, teclado e colméia, mouse e acionador de pressão, laptop, materiais e jogos pedagógicos acessíveis, software para comunicação alternativa, lupas manuais e lupa eletrônica, plano inclinado, mesas, cadeiras,
armário, quadro melanínico.

As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II são constituídas dos recursos da sala Tipo I, acrescidos de outros recursos específicos para o atendimento de alunos com cegueira, tais como impressora Braille, máquina de datilografia Braille, reglete de mesa, punção, soroban, guia de assinatura, globo terrestre acessível, kit de desenho geométrico acessível, calculadora sonora, software para produção de desenhos gráficos e táteis.


São atendidos, nas Salas de Recursos Multifuncionais da rede pública, alunos público-alvo da educação especial, conforme estabelecido na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e no Decreto N.6.571/2008: Alunos com deficiência (natureza física, mental, intelectual ou sensorial), Alunos com transtornos globais do desenvolvimento (com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. (MEC/SEESP, 2008), e Alunos com altas habilidades/superdotação;

As funções do professor de Educação Especial são abertas à articulação com as atividades desenvolvidas por professores, coordenadores pedagógicos, supervisores e gestores das escolas comuns, tendo em vista o benefício dos alunos e a melhoria da qualidade de ensino.
São eixos privilegiados de articulação:
· a elaboração conjunta de planos de trabalho durante a construção do Projeto
Pedagógico, em que a Educação Especial não é um tópico à parte da programação escolar;
· o estudo e a identificação do problema pelo qual um aluno é encaminhado à Educação Especial. Em Toledo PR o Sistema Municipal de Educação prevê esta articulação também com profissionais cuja função se denomina “Psicopedagogos”;
· a discussão dos planos de AEE com todos os membros da equipe escolar;
o desenvolvimento em parceria de recursos e materiais didáticos para o atendimento do aluno em sala de aula e o acompanhamento conjunto da utilização dos recursos e do progresso do aluno no processo de aprendizagem;
· a formação continuada dos professores e demais membros da equipe escolar, entremeando tópicos do ensino especial e comum, como condição da melhoria do atendimento aos alunos em geral e do conhecimento mais detalhado de alguns alunos em especial, por meio do questionamento das diferenças e do que pode promover a exclusão escolar.


Na perspectiva da inclusão escolar, o professor da Educação Especial não é mais um especialista em uma área específica, suas atividades desenvolvem-se, preferencialmente, nas escolas comuns, cabendo-lhes, no atendimento educacional especializado aos alunos, público alvo da educação especial, as seguintes atribuições:

a) identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias, considerando as necessidades específicas dos alunos de forma a construir um plano de atuação para eliminá-las (MEC/SEESP, 2009).

b) Reconhecer as necessidades e habilidades do aluno. Ao identificar certas necessidades do aluno, o professor de AEE reconhece também as suas habilidades e, a partir de ambas, traça o seu plano de atendimento. Se ele identifica necessidade de comunicação alternativa para o aluno, indica recursos como a prancha de comunicação, por exemplo; se observa que o aluno movimenta a cabeça, consegue apontar com o dedo, pisca, essas habilidades são consideradas por ele para a seleção e organização de recursos educacionais e de acessibilidade.

Com base nesses dados, o professor elaborará o plano de AEE, definindo o tipo de atendimento para o aluno, os materiais que deverão ser produzidos, a freqüência do aluno ao atendimento, entre outros elementos constituintes desse plano. Outros dados poderão ser coletados pelo professor em articulação com o professor da sala de aula e demais colegas da escola.

c) Produzir materiais tais como textos transcritos, materiais didáticopedagógicos adequados, textos ampliados, gravados, como, também, poderá indicar a utilização de softwares e outros recursos tecnológicos disponíveis.

d) Elaborar e executar o plano de AEE, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos educacionais e de acessibilidade (MEC/SEESP, 2009). Na execução do plano de AEE, o professor terá condições de saber se o recurso de acessibilidade proposto promove participação do aluno nas atividades escolares.
O plano, portanto, deverá ser constantemente revisado e atualizado, buscando-se sempre o melhor para o aluno e considerando que cada um deve ser atendido em suas particularidades.

e) Organizar o tipo e o número de atendimentos (MEC/SEESP, 2009). O professor seleciona o tipo do atendimento, organizando, quando necessários, materiais e recursos de modo que o aluno possa aprender a utilizá-los segundo suas habilidades e funcionalidades. O número de atendimentos semanais/mensais varia de caso para caso. O professor vai prolongar o tempo ou antecipar o desligamento do aluno do AEE, conforme a evolução do aluno.

f) Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola (MEC/SEESP, 2009). O professor do AEE observa a funcionalidade e aplicabilidade dos recursos na sala de aula, as distorções, a pertinência, os limites desses recursos nesse e em outros ambientes escolares, orientando, também, as famílias e os colegas de turma quanto ao uso dos recursos.

O professor de sala de aula informa e avalia juntamente com o professor do AEE se os serviços e recursos do Atendimento estão garantindo participação do aluno nas atividades escolares. Com base nessas informações, são reformuladas as ações e estabelecidas novas estratégias e recursos, bem como refeito o plano de AEE para o aluno.

g) Ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível, o soroban, os recursos ópticos e não ópticos, os softwares específicos, os códigos e linguagens, as atividades de orientação e mobilidade (MEC/SEESP, 2009).

h) Promover atividades e espaços de participação da família e a interface com os serviços de saúde, assistência social e outros (MEC/SEESP, 2009). O papel do professor do AEE não deve ser confundido com o papel dos profissionais do atendimento clínico, embora suas atribuições possam ter articulações com profissionais das áreas da Medicina, Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia e outras afins. Também estabelece interlocuções com os profissionais da arquitetura, engenharia, informática.



A garantia de acesso, participação e aprendizagem de todos os alunos nas escolas contribui para a construção de uma nova cultura de valorização das diferenças. Este fascículo destacou em seus tópicos a importância de se rever a organização pedagógica e administrativa das escolas para que estas possam tornar-se espaços inclusivos.


ANA PAULA SANTI
Atendimento Educacional Especializado
01/04/2010
BODO RN
SALAS MULTIFUNCIONAIS
PROFESSORA AEE;

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL


PROPOSTA HISTÓRICA

No final do ano letivo de 2009 houve o fechamento das "Classes Especiais" e a "classificação", e "inclusão" dos alunos nas salas de aula "Regulares", em detrimento a "nova" Política de Educação Inclusiva. Para corroborar com as ações desta nova política de educação inclusiva foram criadas as Salas de Recursos Multifuncional (tipo I e tipo II) com o propósito de contribuir, mediar o processo de inclusão dos alunos no ensino regular, fornecendo, no contra turno escolar, Atendimento Educacional Especializado, conforme "legislação" postada no site de referência deste texto.

Concomitante a implantação das Salas de Recursos Multifuncionais no Brasil,que faz o trabalho do AEE na escola, ocorre a formação para os professores responsáveis por estas salas. O Conselho Municipal de Educação de Toledo PR aderiu ao processo de inclusão fomentada pela Nova Política de Educação Espacial, sob o projeto de abrir 5 salas de SRM em 5 escolas do município para 2010 e em 2011 tem o projeto de abrir mais algumas salas. Em 2010 o Conselho Escolar da Escola Municipal Anita Garibaldi aceitou o desafio de ser uma das primeiras Salas de Recursos a estar em Funcionamento, atendendendo o público alvo do proposta e acompanhanhando os alunos das extinta Classe Especial da escola.

O site que recomendamos no final deste texto tem por propósito, instrumentalizar os professores de modo geral no contato, presencial, pedagógico com os alunos, público alvo da inclusão social-escolar. Tanto este site do AEE da Escola Municipal Anita Garibaldi, como o site que informamos abaixo foram criados pela então responsável pela Sala de Recursos Multifuncional ANA PAULA SANTI.

Salientamos que alguns textos são de base ideológica idealistas, técnicas, e psicologicamente pertencem a bases filosóficas clínicas e alguns até comportamentais. Contudo, poderão auxiliar o professor no entendimento das deficiências, TGDs ou ainda quanto as altas habilidades PRIMÁRIA dos seus alunos. Entendemos que A INTERVENÇÃO DO AEE deve ser pedagógica que deva servir a eliminação das deficiências SECUNDÁRIAS dos alunos.



Atendimento Educacional Especializado / Psicopedagogia/ NEPE/ Classes Especiais / Sala de Recursos Multifuncionais e Sala de Recursos Comuns


Este texto tem por objetivo apresentar a sistematização dos estudos sobre os textos da Disciplina de Atendimento Educacional Especializado do Curso de Formação Latu Sensu. Os textos são: Política Nacional de
Educação Especial e da Resolução CNE/CEB n. 04/2009 sobre o espaço de realização do AEE. Também pretende fazer uma distinção simples sobre os Serviços oferecidos pelas Salas de Recursos Multifuncionais e Salas de Recursos ditas “comuns” e ainda pelo serviço ainda existente no Sistema Municipal de Educação de Toledo PR, “Classes Especiais”. Aproveitaremos o espaço de discussão para fazer uma provocação em relação a uma situação vivenciada no Município de Toledo atualmente em meio ao cenário da Nova Política Nacional de Educação Especial.

Uma das inovações trazidas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) é o Atendimento Educacional Especializado – AEE, um serviço da educação especial que "[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas" (SEESP/MEC, 2008).

O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. É realizado, de preferência, nas escolas comuns, em um espaço físico denominado Sala de Recursos Multifuncional. Portanto, é parte integrante do projeto político pedagógico da escola e Esta atrelada a inclusão dos alunos “público alvo” no Ensino Regular.
São conteúdos do AEE: Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e LIBRAS tátil; Alfabeto digital; Tadoma; Língua Portuguesa na modalidade escrita; Sistema Braille; Orientação e mobilidade; Informática acessível; Sorobã (ábaco); Estimulação visual; Comunicação alternativa e aumentativa – CAA; Desenvolvimento de processos educativos que favoreçam a atividade cognitiva.
São recursos do AEE: Materiais didáticos e pedagógicos acessíveis (livros, desenhos, mapas, gráficos e jogos táteis, em LIBRAS, em Braille, em caracter ampliado, com contraste visual, imagéticos, digitais, entre outros); Tecnologias de informação e de comunicação (TICS) acessíveis (mouses e acionadores, teclados com colméias, sintetizadores de voz, linha Braille, entre outros); e Recursos ópticos; pranchas de CAA, engrossadores de lápis, ponteira de cabeça, plano inclinado, tesouras acessíveis, quadro magnético com letras imantadas, entre outros.
O desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem é favorecido pela participação da família dos alunos. Para elaborar e realizar os Planos de AEE, o professor necessita dessa parceria em todos os momentos. Reuniões, visitas e entrevistas fazem parte das etapas pelas quais os professores de AEE estabelecem contatos com as famílias de seus alunos, colhendo informações, repassando outras e estabelecendo laços de cooperação e de compromissos.
Do Financiamento - O Decreto Nº. 6.571, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado, destina recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB ao AEE de alunos público alvo, matriculados na rede pública de ensino regular, admitindo o cômputo duplo da matrícula desses alunos em classes comuns de ensino regular público e no AEE, concomitantemente, conforme registro no Censo Escolar.

Em Toledo as Salas de Classes Especiais (de 1987 a 2004, foram implantadas 14 em onze escolas) regulamentadas pelo Conselho Estadual de Educação através da Deliberação 020/86. Entendia-se, neste período, a Educação Especial como a definição de um grupo de sujeitos que, por inúmeras razões, não correspondia a expectativa de normalidade ditada pelos padrões sociais vigentes. Estas salas estão sendo substituídas pelas Salas de Recursos Multifuncionais desde 2010.

Diferentemente das Classes Especiais, as Salas de Recursos Multifuncionais não tem o caráter substitutivo do Ensino Regular, pelo contrário para haver a matricula na SEM é indispensável que a família apresente a matrícula do aluno das Classes do Ensino Regular. A SRM tem o caráter complementar e suplementar de acessibilidade dos seus alunos ao conhecimento contribuindo para a eliminação de barreiras objetivas (do espaço físico e ainda de materiais e métodos necessário ao acesso ao conhecimento, também em relação às barreiras de acessibilidade social (subjetivas)).

Também no Sistema Municipal de Educação de Toledo existem as Salas de Recursos Comuns que oferecem atendimentos diferenciados entre si, mas que tem como incumbência atender crianças com distúrbios de aprendizagem, favorecendo e oportunizando a superação das dificuldades e a potencialização da aprendizagem.

Uma situação incomum no Brasil acontece no estado do Paraná com a autorização de funcionamento da APAE de Toledo PR, em março de 2010 pelo Conselho Estadual de Educação do PR. Não sei inda como esta instituição se inclui no cenário da Nova Política Nacional ou local de Educação Especial. Mas confesso que tenho muitas dúvidas, entre elas: A PAE será substitutiva do Ensino Regular? Assim como a APADA (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos), em funcionamento no município, é em relação aos alunos acometidos de Deficiência Auditiva? Em que medida ou Situação? Qual é o público alvo? Oferecerá o AEE também?




É importante frisarmos que esse o AEE pode ser oferecido em Centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou privada, sem fins lucrativos. Tais centros, contudo, devem estar de acordo com as orientações da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) e com as Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica (MEC/SEESP, 2009).

Ema situação incomum no Brasil acontece no estado do Paraná com a autorização de funcionamento da APAE de Toledo PR, em março de 2010 pelo Conselho Estadual de Educação do PR. Não sei inda como esta instituição se inclui no cenário da Nova Política Nacional ou local de Educação Especial. Mas confesso que tenho muitas dúvidas, entre elas: A PAE será substitutiva do Ensino Regular? Assim como a APADA (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos) é em relação aos alunos acometidos de Deficiência Auditiva? Em que medida ou Situação? Qual é o público alvo? Oferecerá o AEE também?


O NEPE

Em Toledo (PR) o Sistema Municipal conta com a recente criação do NEPE Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação (2009), vinculado à Secretaria Municipal de Educação (SMED). Integrado ao NEPES há o Centro de Atendimento Multiprofissional à Criança, na perspectiva de atender as especificidades da criança nas áreas social, fonoaudiológica e psicológica (1 profissional de Fonoaudiologia, 2 profissionais de Serviço Social, 1 profissional de Psicologia, 2 profissionais de Psicopedagogia).

São Objetivos específicos do NEPES:

1.Favorecer a compreensão do conceito de deficiência e o de necessidades educacionais especiais;
2.Criar mecanismos alternativos de participação da comunidade escolar e família no processo educacional;
3.Implementar o aporte teórico-prático que sustenta o fazer pedagógico;
4.Demonstrar a viabilidade da inclusão através da escola de aplicação que atende aos novos paradigmas educacionais;
5.Estimular alternativas pedagógicas que facilitem a intervenção do professor e promovam o desenvolvimento das potencialidades de cada aluno, independentemente de sua condição.
6.Promover o fortalecimento da formação teórico prática dos profissionais das salas multifuncionais;
7.Realizar atendimento psicopedagógico, regularmente, com grupos de crianças no intuito de produzir conhecimentos que instrumentalizem a equipe escolar para uma ação mais eficiente;
8.Promover o envolvimento de profissionais de diferentes áreas de conhecimento para a compreensão das especificidades e necessidades educacionais;
9.Estimular, apoiar e sustentar a criação de metodologias que estejam em consonância com os novos paradigmas educacionais;
10.Acompanhar a efetividade das ações da escola;
11.Redimensionar os objetivos e metodologias da avaliação psicoeducacional.
Pscicopedagogia

A profissão, ainda não regulamentada pelo Conselho Municipal de Educação de Toledo PR, mas já existe nas escolas do município, uma média de, pelo menos, um profissional da área por escola.

O profissional é responsável por avaliação dos alunos sob o ponto de vista pedagógico quando o professor de sala de aula regular encaminha, baseado numa queixa ou em uma observação de talento "extraordinário" do aluno. O profissional investiga o aluno e solicita outras avaliações da área clínica para colaborarem com sua avaliação e a partir do parecer do profissional o encaminhamento que julga mais adequado para atender as necessidades específicas apresentadas no parecer.




Salas de Recursos Multifuncionais

As Salas de Recursos Multifuncionais são espaços localizados nas escolas de educação básica, onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado – AEE. Essas salas são organizadas com mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos específicos para o atendimento aos alunos público alvo da educação especial, em turno contrário à escolarização.

O Ministério da Educação, com o objetivo de apoiar as redes públicas de ensino na organização e na oferta do AEE e contribuir com o fortalecimento do processo de inclusão educacional nas classes comuns de ensino, instituiu o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, por meio da Portaria Nº. 13, de 24 de abril de 2007.

Nesse processo, o Programa atende a demanda das escolas públicas que possuem matrículas de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou superdotados/altas habilidades, disponibilizando as salas de recursos multifuncionais, Tipo I e Tipo II. Para tanto, é necessário que o gestor do município, do estado ou do Distrito Federal garanta professor para o AEE, bem como o espaço para a sua implantação.

As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo I são constituídas de microcomputadores, monitores, fones de ouvido e microfones, scanner, impressora laser, teclado e colméia, mouse e acionador de pressão, laptop, materiais e jogos pedagógicos acessíveis, software para comunicação alternativa, lupas manuais e lupa eletrônica, plano inclinado, mesas, cadeiras,
armário, quadro melanínico.

As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II são constituídas dos recursos da sala Tipo I, acrescidos de outros recursos específicos para o atendimento de alunos com cegueira, tais como impressora Braille, máquina de datilografia Braille, reglete de mesa, punção, soroban, guia de assinatura, globo terrestre acessível, kit de desenho geométrico acessível, calculadora sonora, software para produção de desenhos gráficos e táteis.


São atendidos, nas Salas de Recursos Multifuncionais da rede pública, alunos público-alvo da educação especial, conforme estabelecido na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e no Decreto N.6.571/2008: Alunos com deficiência (natureza física, mental, intelectual ou sensorial), Alunos com transtornos globais do desenvolvimento (com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. (MEC/SEESP, 2008), e Alunos com altas habilidades/superdotação;

As funções do professor de Educação Especial são abertas à articulação com as atividades desenvolvidas por professores, coordenadores pedagógicos, supervisores e gestores das escolas comuns, tendo em vista o benefício dos alunos e a melhoria da qualidade de ensino.
São eixos privilegiados de articulação:
· a elaboração conjunta de planos de trabalho durante a construção do Projeto
Pedagógico, em que a Educação Especial não é um tópico à parte da programação escolar;
· o estudo e a identificação do problema pelo qual um aluno é encaminhado à Educação Especial. Em Toledo PR o Sistema Municipal de Educação prevê esta articulação também com profissionais cuja função se denomina “Psicopedagogos”;
· a discussão dos planos de AEE com todos os membros da equipe escolar;
o desenvolvimento em parceria de recursos e materiais didáticos para o atendimento do aluno em sala de aula e o acompanhamento conjunto da utilização dos recursos e do progresso do aluno no processo de aprendizagem;
· a formação continuada dos professores e demais membros da equipe escolar, entremeando tópicos do ensino especial e comum, como condição da melhoria do atendimento aos alunos em geral e do conhecimento mais detalhado de alguns alunos em especial, por meio do questionamento das diferenças e do que pode promover a exclusão escolar.


Na perspectiva da inclusão escolar, o professor da Educação Especial não é mais um especialista em uma área específica, suas atividades desenvolvem-se, preferencialmente, nas escolas comuns, cabendo-lhes, no atendimento educacional especializado aos alunos, público alvo da educação especial, as seguintes atribuições:

a) identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias, considerando as necessidades específicas dos alunos de forma a construir um plano de atuação para eliminá-las (MEC/SEESP, 2009).

b) Reconhecer as necessidades e habilidades do aluno. Ao identificar certas necessidades do aluno, o professor de AEE reconhece também as suas habilidades e, a partir de ambas, traça o seu plano de atendimento. Se ele identifica necessidade de comunicação alternativa para o aluno, indica recursos como a prancha de comunicação, por exemplo; se observa que o aluno movimenta a cabeça, consegue apontar com o dedo, pisca, essas habilidades são consideradas por ele para a seleção e organização de recursos educacionais e de acessibilidade.

Com base nesses dados, o professor elaborará o plano de AEE, definindo o tipo de atendimento para o aluno, os materiais que deverão ser produzidos, a freqüência do aluno ao atendimento, entre outros elementos constituintes desse plano. Outros dados poderão ser coletados pelo professor em articulação com o professor da sala de aula e demais colegas da escola.

c) Produzir materiais tais como textos transcritos, materiais didáticopedagógicos adequados, textos ampliados, gravados, como, também, poderá indicar a utilização de softwares e outros recursos tecnológicos disponíveis.

d) Elaborar e executar o plano de AEE, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos educacionais e de acessibilidade (MEC/SEESP, 2009). Na execução do plano de AEE, o professor terá condições de saber se o recurso de acessibilidade proposto promove participação do aluno nas atividades escolares.
O plano, portanto, deverá ser constantemente revisado e atualizado, buscando-se sempre o melhor para o aluno e considerando que cada um deve ser atendido em suas particularidades.

e) Organizar o tipo e o número de atendimentos (MEC/SEESP, 2009). O professor seleciona o tipo do atendimento, organizando, quando necessários, materiais e recursos de modo que o aluno possa aprender a utilizá-los segundo suas habilidades e funcionalidades. O número de atendimentos semanais/mensais varia de caso para caso. O professor vai prolongar o tempo ou antecipar o desligamento do aluno do AEE, conforme a evolução do aluno.

f) Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola (MEC/SEESP, 2009). O professor do AEE observa a funcionalidade e aplicabilidade dos recursos na sala de aula, as distorções, a pertinência, os limites desses recursos nesse e em outros ambientes escolares, orientando, também, as famílias e os colegas de turma quanto ao uso dos recursos.

O professor de sala de aula informa e avalia juntamente com o professor do AEE se os serviços e recursos do Atendimento estão garantindo participação do aluno nas atividades escolares. Com base nessas informações, são reformuladas as ações e estabelecidas novas estratégias e recursos, bem como refeito o plano de AEE para o aluno.

g) Ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível, o soroban, os recursos ópticos e não ópticos, os softwares específicos, os códigos e linguagens, as atividades de orientação e mobilidade (MEC/SEESP, 2009).

h) Promover atividades e espaços de participação da família e a interface com os serviços de saúde, assistência social e outros (MEC/SEESP, 2009). O papel do professor do AEE não deve ser confundido com o papel dos profissionais do atendimento clínico, embora suas atribuições possam ter articulações com profissionais das áreas da Medicina, Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia e outras afins. Também estabelece interlocuções com os profissionais da arquitetura, engenharia, informática.



A garantia de acesso, participação e aprendizagem de todos os alunos nas escolas contribui para a construção de uma nova cultura de valorização das diferenças. Este fascículo destacou em seus tópicos a importância de se rever a organização pedagógica e administrativa das escolas para que estas possam tornar-se espaços inclusivos.


ANA PAULA SANTI
Atendimento Educacional Especializado
01/04/2010

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

MINHA CIDADE
Entre serras es formada
Por que sois abençoadas
Terra onde fiz morada
Minha terra minha amada

No sertão de solo seco
Num vale sois incrustados
Onde o vento faz a curva
E o sol sua escalada

O rio que corre manso
Suas águas a levar
Deságuas em cachoeiras
No seu caminho pro mar

No alvorecer do dia
Da de ouvir a passarada
O canto do bem te vi
E o galo da madrugada


No curral relincha o burro
Do cachorro a latumia
Que esta chegando gente
Ele e quem anuncia


O leite que vem da vaca
No curral se vai buscar
O cus cuz cheira no fogo
Para a fome saciar


Sela o cavalo e no mato
O gado vai campear
Traz a vaquinha mimosa
Não esquece o boi fubá

No touro capinadeira
E a terra se vai arar
Enquanto a molecada
Pra escola a caminhar



O quadro ainda e de giz
A faca apontador
A carteira e um banco
Mais tem um bom professor

Ainda não e formado
Mais esta a estudar
La pras bandas da cidade
Uma vem por mês que vai lá




Já ensinou muita coisa
Inclusive a brincar
Pula pula amarelinha
Pular corda e cirandar

Daí o dia acaba
A escuridão chegou
No alpendre da casinha
Na rede papai deitou


Fico embaixo da rede
As historias a escutar
Lendas e Contos de fadas
Ou causos do meu lugar

Daí cala-se o gado
O gato Poe-se a miar
O cachorro vai dormir
Não se escuta o sabia



E hora de ir pra rede
Cuidado pra não mijar
Por que se molhar a rede
Bicho papão vai pegar

O sono já vem chegando
Mais não se quer ir deitar
Enquanto papai mamãe
Não vem nos abençoar


E ela vem de mansinho
A minha testa beijar
Deus te abençoe meu filho
O papai já foi deitar

Da rede mesmo eu grito
Bença pai tem que botar
Deus te abençoe menino
Agora vou descansar


Assim termina o dia
Que comecei a contar
E na cidade pequena
Pouca coisa há de mudar.

FIM

TRABANHANDO

Jesus e um pai eterno
Que sobre as nuvens descansa
Daí-me sua inspiração
Como uma bênção santa
Pra nessa vida sofrida
Ter um pouco de esperança


Bodó palavra engraçada
Porem de um sentido forte
Faz parte deste Brasil
No rio grande do norte
Bem na serra de Santana
Existe essa terra forte

Schelita algodão e milho
Mandioca e c aju
Tem na serra de Santana
como se fosse umbu
Na caatinga xique xique
Umburana e mandacaru

Bodó promessa a os Deusas
De comida luta e gloria
Hoje já somos cidade
Fazemos parte da historia
Pois Deus é um pai eterno
Que promete e nos da gloria

Mas antes não era assim.
E isso que vou dizer,
Aqui já houve miséria que
Que faz pena te dizer
Pois a lastima era tanta
Que Deus mandou proteger

FOTOS DA CIDADE